A ciência de combinar as barras DRAWBARS de um Órgão Eletrônico

Quando Laurens Hammond apresentou o órgão elétrico Hammond ao mundo em 1934, ele nos deu um instrumento com mais controle sobre o som que produzia do que qualquer outro antes (e muitos desde então). As barras harmônicas "dawbars" do órgão Hammond permitem que o músico controle a natureza do som no nível de harmônicos individuais, assim como um pintor pode controlar a natureza da cor misturando as cores primárias.


O Órgão Eletrônico é um instrumento harmônico que reproduz mais de um som simultaneamente ao acionar uma única tecla. Ele reproduz parciais harmônicos além da nota fundamental do instrumento que são as notas correspondentes as teclas.

Essas frequências são reproduzidas eletronicamente, simulando as frequências de uma Série Harmônica a partir da vibração de uma nota fundamental, ou seja, ouvimos um único som, mas junto dele estão outros harmônicos que enriquecem o timbre do instrumento. São vibrações harmônicas, alguns quase imperceptíveis ao ouvido humano.

No Órgão Eletrônico o som reproduzido é simulado por um sintetizador sonoro que imita o som de um instrumento qualquer. Para simular algumas funções sonoras imitando o som de um GRANDE ÓRGÃO TUBOS e outros INSTRUMENTOS, é necessário manipular os registros chamadas "Drawbars" disponíveis em vários modelos de Órgãos Eletrônicos.

Além das FLAUTAS como são chamado estes registros, o Órgão Eletrônico pode simular outros sons, tais como Cordas, Madeiras ou Metais, porém vamos tratar primeiramente dos sons comum que são as FLAUTAS (pipes).

Os Registros DRAWBARS de um Órgão Eletrônico
(barras harmônicas)

Os DRAWBARS são 9 registros com inúmeras combinações possíveis, sendo que, o uso inadequado sem o devido conhecimento dos efeitos destes registros em suas combinações, podem comprometer a interpretação e o Estilo que se deseja executar.

Funções das Flautas - Drawbars

Imagem 1


As Flautas e seus registros correspondentes - Drawbars

Imagem 2

Os registros ilustrados na "imagem 2" acima é responsável por reproduzir um único som puro.

Sons harmônicos  - som puro e sons complexos

O som emitido por um diapasão é um som do tipo função harmônica, visto que a vibração que o origina é descrita por uma função seno (senoide), ou seja, o sinal que se propaga é periódico e sem deformações. Este som é corresponde a uma única frequência e por isso também se designa som simples, ou puro.

Imagem 3

Comprimento de ondas maiores sons graves (Dó3) e comprimento de ondas menores sons agudos (Dó4). Frequência é o número de oscilações dessa onda num período de tempo (exp. 261.5Hz). Assim, quanto maior o número de oscilações dessa onda, mais aguda ela será. Quanto menor, mais grave ela será. 

 A maior parte dos sons que ouvimos, são sons gerados pela interferência sonora entre duas ou mais ondas puras (estes sons chamaremos de sons complexos). Este som complexo nada mais é que a soma ou superposição de vários sons puros, ou seja, sons harmônicos.


Os Sons harmônicos  - Série Harmônica

Imagem 4

Essas frequências são reproduzidas no Órgão Eletrônico, simulando os sons da Série Harmônica a partir da vibração de uma nota fundamental, ou seja, ouvimos um único som da tecla, mas junto dele soam outras notas (harmônicos) que enriquecem o timbre do instrumento. No órgão Eletrônico a NOTA FUNDAMENTAL já está definida pelo registro de 8’pés, ou seja, o Dó3 soa em 261.5Hz (frequência temperada)

Vejamos na imagem 4 que nem todas as frequências da serie harmônica estão representadas pelos registros do Órgão, pois os 9 registros estão programados para soar apenas as principais frequências que dão origem ao timbre do órgão conforme a posição do volume de cada um dos registros.

 O acionamento dos registros e suas combinações devem ser feitas de forma a dar a música e o estila que se pretende executar o seu caráter original. A base fundamental de uma registração também se deve observar.

 No Órgão Eletrônico podemos determinar quais destes harmônicos ficarão mais evidentes na composição do som. Para isso é necessário conhecimento dos registros (Drawbar), suas funções e combinações. Levando sempre em consideração o estilo da música que se pretende executar.


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